quarta-feira, 20 de junho de 2018

Série: Babilônia a Grande – Seu Mistério Revelado (Parte 4)

Para entendermos como Babilônia influenciou as religiões do mundo, e a sociedade como um todo, analisaremos desta vez, a astrologia!


Vejamos algumas obras de referências tanto do meio acadêmico científico como no meio teológico, de que a astrologia, teve origem na Mesopotâmia, Babilônia:

- A obra, História da astrologia - Da antiguidade aos nossos dias, da Editora Globo, na contra-capa declara: “O Historiador Kocku von Stuckrad apresenta, nesta abrangente História da astrologia o percurso de um saber tradicional constituído na Mesopotâmia antiga e destinado então a regular a vida coletiva, os ritos e o trabalho, até o mundo atual, em que proliferam os horóscopos preocupados em orientar o indivíduo na sociedade de massas”.

- O Astrônomo Kepler de Souza Oliveira Filho do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) na matéria Astrologia não é Ciência diz: “Quando a astrologia começou, no vale dos rios Eufrates e Tigre, no atual Iraque, cerca de 3000 a.C., os mesopotâmios e os babilônios acreditavam que os planetas, incluindo o Sol e a Lua, e seus movimentos, afetavam a vida dos reis e das nações. Os chineses tinham crenças similares por volta de 2000 a.C. Quando a cultura babilônica foi absorvida pelos gregos, por volta de 500 a.C., a astrologia gradualmente se espalhou pelo ocidente.

- Moema Najjar Diniz – Na sua Dissertação de Mestrado na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais em Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social diz:
Pg 23 - A astrologia surgiu aproximadamente em 3000 a.C. na Mesopotâmia com o principal objetivo de auxiliar nas tomadas de decisões dos líderes da época.  Em sua origem, era muito utilizada para prever guerras, epidemias, perspectivas de colheitas e fazer recomendações para a agricultura. Todas estas decisões envolviam a vida e o futuro de muitas pessoas, por esta razão tinha-se o costume de buscar um auxílio de algo considerado “sobrenatural”.
Pg 29 - Os caldeus da Babilônia, segundo Hoffmann (1982) merecem o crédito pelo desenvolvimento da astrologia como é conhecida hoje.
Pg 30 - Os caldeus introduziram seus métodos empíricos de adivinhação, que usavam o simbolismo dos planetas nos signos, enquanto os egípcios contribuíram com a habilidade para calcular o grau do ascendente”.

- Dicionário de Símbolos da Editora Paulus pg 304 diz: “O cânone das figuras do zodíaco está mais ou menos fixo há mais de 3.000 anos. Possivelmente já existia na Mesopotâmia e a seguir, no contexto de uma “transferência do conhecimento” e constante adaptação a situações regionais, espalhou-se cada vez mais (Egito, China, Grécia, Islamismo, etc.)

- A Revista Galileu.Globo de 27/09/2016 diz: “No segundo milênio antes de Cristo, sacerdotes babilônicos começaram a estudar o movimento dos astros, acreditando que eram sinais divinos. Foi a origem da astrologia, da astronomia e de todas as ciências que usam a matemática para descrever a natureza”.
https://revistagalileu.globo.com/Revista/noticia/2016/09/como-surgiu-o-embate-entre-astronomia-e-astrologia.html

- The Dawn of Civilization and Life in the Ancient East (O alvorecer da civilização e da vida no antigo oriente) por R.M. Engberg, p. 230 diz: “Os caldeus fizeram grande progresso no estudo da astronomia no esforço de descobrir o futuro nas estrelas. Esta arte nós chamamos de ‘astrologia’”.

- Dicionário Bíblico John L. Mackenzie pg 12 diz no tópico Adivinhação: “Trata-se de pseudo-ciência, que pretende prever acontecimentos futuros através de meios ocultos. Era muito praticada na antiga Mesopotâmia. Depois, a influência da adivinhação mesopotâmica estendeu-se enormemente, alcançando a Europa, e persistindo até a época medieval e moderna...Havia a adivinhação através)...da observação dos corpos celestes e dos fenômenos metereológicos (astrologia).  A Lei hebraica proibia severamente a adivinhação, até mesmo sob pena de morte (Lv 19:31; 20:6; Dt 18:10,11). A adivinhação é um pecado tão grave quanto a idolatria (1 Sm 15:23).

Como vimos, o Jesuíta John L. Mackenzie, expõe de uma maneira direta e clara, que a astrologia é uma das práticas da adivinhação, que é totalmente condenada na Bíblia.

-  Dicionário Online de Português, nos dá o significado exato de “adivinhação”:

O ato de se fazer previsões, nada mais é que tentar adivinhar os acontecimentos que estão ocorrendo, ou que irão ocorrer no futuro!

- O Léxico Hebraico e Caldeu de Gesenius pp 166,167, versão em inglês por S.P. Tregelles, diz: “...à base da posição das estrelas na hora do nascimento, por diversas artes de cálculo e pela adivinhação...determinavam a sorte das pessoas”.

- A obra História das Crenças e das Ideias Religiosas Volume I pg 77 diz: “Outra criação do pensamento religioso acadiano é a adivinhação. Observa-se também a multiplicação das práticas mágicas e o desenvolvimento das disciplinas ocultas (sobretudo a astrologia), que se tornarão mais tarde populares em todo o mundo asiático e mediterrâneo”. 

- Dicionário de Símbolos de Jean Chevalier & Alain Gheerbrant 28° edição pg 973 no tópico Zodíaco diz: “A Babilônia, o Egito, a Judéia, a Pérsia, a Índia, o Tibete, a China, as Américas do Norte e do Sul, os países escandinavos, os países muçulmanos, e muitos outros conheceram o Zodíaco e praticaram a astrologia".
Como diferentes civilizações tão distantes uma das outras praticavam o mesmo tipo de ocultismo?


A narrativa bíblica da migração dos povos a partir de Babilônia, parece mais uma vez fazer muito sentido!
A Bíblia fala sobre as constelações do zodíaco! O Rei Josias governou de 641-609 a.C., e acabou com esse tipo de atividade em seu reinado, e Deus aprovou todas as atitudes de Josias, segundo o relato de 2° Reis 22:2.

2° Reis 23:5 diz:

“E acabou com a atividade dos sacerdotes de deuses estrangeiros, a quem os reis de Judá tinham designado para fazer fumaça sacrificial nos altos sagrados das cidades de Judá e dos arredores de Jerusalém. Também acabou com a atividade dos que faziam fumaça sacrificial a Baal, ao sol, à lua, às constelações do zodíaco e a todo o exército dos céus”.

Algumas bíblias, não traz esse termo “constelações do zodíaco”, mas vertem por planetas por exemplo.
Mas vejamos outras traduções que apoiam essa tradução referente ao zodíaco:

- A Bíblia Matos Soares diz: “12 signos”
- A Bíblia Vozes diz: “signos dos zodíacos”
- A Bíblia do Peregrino diz: “signos do zodíaco”
- A Bíblia da CNBB diz: “zodíaco”
- A Bíblia Centro Bíblico Católico diz: “sinais do zodíaco”
- A Bíblia de Antonio Pereira Figueiredo: “12 signos”
- A Bíblia Ave Maria diz: “sinais do zodíaco”
- A Bíblia Sacra Vulgata diz: “duodecim signis”

- O Comentário Bíblico Moody no livro de 2° Reis pg 66 diz: “Planetas. Adoração do Zodíaco”.
- Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento pg 823, no tópico “Constelação” diz: “Aparece em 2 Reis 23.5 e Jó 38.32. O cognato acadiano refere-se às fases da lua, mas o uso do termo em escritos judaicos indica que, em hebraico, a referência é a constelações do zodíaco. Em 2 Reis emprega-se a palavra para indicar a adoração pagã das estrelas com todo esse significado astrológico de adoração”.
Continua...
 

4 comentários:

  1. Bom dia, parabéns pelo excelente trabalho que tem feito,poderia dizer quando irá sair a análise sobre os estudo do Arqueólogo Adventista Rodrigo Silva?

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    1. Bom dia! Primeiro gostaria de agradecer pelo elogio, pois isso incentiva muito a pesquisar mais, lembrando sempre que toda honra pertence ao nosso Deus e Pai Jeová e ao seu Filho Senhor Jesus Cristo!Sobre o Rodrigo Silva, já que ele leciona numa cidade razoavelmente próxima daqui, estou planejando convidá-lo para um debate respeitoso no anfiteatro da Universidade Federal de São Carlos, filmado e aberto ao público. Estou evitando lançar essa matéria sobre a análise dos estudos dele, pois se a repercussão for grande e chegar até ele, acho improvável que aceite o debate comigo. Porque a base de estudo dele é provar que existia a crucificação (já que é um arqueólogo), e eu de fato confirmo isso, o que eliminaria 80% da argumentação dele! Porém eu conduzo sempre o assunto da cruz ao foco principal, que seria o "troféu de vitória", e aqui no Brasil, só conheço a arqueóloga e historiadora Patrícia Boreggio do Valle Pontin que apresentou um estudo resumido sobre o assunto. Um único apologista católico, Emerson Oliveira do site "Logos Apologética" que comentou brevemente sobre o troféu de vitória em relação a cruz. Na verdade ele copiou a matéria de um site estrangeiro, então acredito que não esteja apto para um debate aprofundado também! Em resumo, o que eu quero dizer, é que, se o Rodrigo Silva aceitar um debate comigo, terei a oportunidade de discursar sobre um assunto que nem mesmo as Testemunhas de Jeová apresentou, e com certeza a repercussão seria muito grande!

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    2. Parabéns mais uma vez pelo excelente trabalho em prol da verdade que santifica nosso Deus, Jeová.

      Me interessei a respeito deste debate com o Rodrigo Silva. Quais são as novidades a respeito disso desde seu comentário acima?

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    3. Estou no aguardo do lançamento do livro, que será em abril! Com o livro publicado, as portas se abrirão mais facilmente para a realização do debate!

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